A coluna vertebral vista por trás deve ser reta, alinhada. A escoliose é uma deformação morfológica da coluna vertebral nos três planos do espaço (Souchard e Ollier, 2001). Assim, a coluna realmente se torce, não somente para os lados, mas para frente e para trás e em volta do seu próprio eixo. Essa torção em maiores graus determina a gravidade da escoliose e a forma de ser tratada.
Classificação da escoliose quanto a forma da curva: curva simples, sendo esta à direita ou à esquerda (escoliose em “C”); Curva dupla, (escoliose em “S”). Lembrando que a direção da curva é sempre identificada pela convexidade da coluna.
Classificação das curvaturas escolióticas, podendo estas serem: cervicotorácicas, torácicas, toracolombares, lombares e lombossacrais.
Relacionando o grau da angulação da escoliose e o tratamento correspondente, temos:
1)0 à 10 graus: não há necessidade de tratamento fisioterápico.
2)10 à 20 graus: há necessidade de tratamento fisioterápico.
3)20 à 30 graus: tratamento fisioterápico e uso de colete ortopédico ou de Milwakee.
4)30 à 40 graus: uso do colete ortopédico ou Milwakee.
5)40 à 50 graus: somente tratamento cirurgico.
CAUSAS DA ESCOLIOSE
Idiopática: causa desconhecida (70% dos casos)
Neuromuscular: seqüela de doenças neurológicas, como por exemplo poliomielite, paralisia cerebral.
Congênita: oriunda de uma má-formação
Pós-traumática
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é feito através de testes clínicos e de radiografias. Em todos os casos de escoliose, é importante o diagnóstico precoce e a avaliação clínica completa e radiológica do paciente.A avaliação postural faz parte da avaliação clínica, sendo de fundamental importância para o diagnóstico. Nela, o examinador compara os dois hemicorpos do indivíduo nas vistas anterior, posterior e lateral, observando possíveis diferenças e assimetrias ( Calliet, 1979). O controle da evolução sistemática é a forma de minimizar os danos dessa patologia que, quando não tratada corretamente, pode causar danos irreparáveis.